domingo, 11 de julho de 2010

A principal tendência é ser feliz


Lendo um post da amiga Kitri, tive uma  inspiração. Kitri é idealizadora da marca Mon Bourdoir, e se auto-denomina "artesã de sonhos". Não poderia haver melhor descrição para ela. Visitem o blog e o orkut da marca e vejam por si próprias.

Após leitura atenta, fiquei pensando: o que realmente são as tendências em moda? Elas são fruto de um estudo sobre os anseios da sociedade em geral sobre o que gostaria de vestir. A partir desse estudo, as marcas montam as suas novas coleções. É um estudo muito importante.

Contudo, cada mulher é única. Não podemos deixar de concordar que esse estudo abrange o geral, e menos as categorias individuais e os grupos seletos. Daí, temos o resultado: ao andar pela rua, o que vemos é um exército de mulheres vestidas da mesma forma, como se todas fossem iguais mesmo, o que não é nem um pouco verdade.

E por que isso acontece? Será realmente que todas essas mulheres gostam do que estão vestindo? Será mesmo que aquilo agrada a todas? E, se agrada, será que as cores, tecidos e formas de usar precisam realmente ser idênticas?

É aí que entra a parte mais difícil: a do auto-conhecimento. Neste mundo agitado em que vivemos, fugir do ato de se conhecer e aderir às fórmulas prontas tem sido uma das regras. O auge disso tudo é quando nos comportamos, agimos e nos vestimos de maneira a esperar uma aprovação da sociedade, esquecendo o mais importante: a nossa própria aprovação.

A satisfação de ser aceita pela sociedade é boa, mas acaba rápido. E, aos poucos, vamos sentindo um vazio tão grande, mas tão grande, que não sabemos de onde vem. Esse vazio vem da constante negação dos nossos desejos, da nossa liberdade criativa, e por fim de nós mesmas.

Nós, mulheres, precisamos deixar aflorar o feminino que está latente dentro de nós. É isso que é o feminino. Ser feminina é muito mais expressar a sua liberdade, a sua criatividade, a sua leveza, do que usar salto alto e batom se isso não lhe agrada verdadeiramente.

Quando deixarmos um pouco de lado a vontade de agradar aos outros para dar lugar à vontade de agradarmos a nós mesmas, seremos a expressão da feminilidade. Seremos plenamente felizes.

A imagem acima foi a amiga Palmira (alquimista, idealizadora do Aníma Essência) que me enviou, dizendo que tem a ver comigo. É uma imagem que me diz muita coisa, especialmente essa busca pela liberdade criativa, pelo voar e se sentir plena comigo mesma.